quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008


Essa noite te abracei 
E inventei desejos comuns 
Pra que ficassem, pra que você ficasse. 
Essa noite eu falei 
Contra o frio úmido de mato e de ipês 
Que mareava a minha voz
no cúmplice fluir de um 
sussurro.
As palavras passaram incapazes
de amanhecer qualquer lembrança
do eterno.
E fez-se paz misteriosa
Pra que pudéssemos contemplar
                               amor.


Reze pelo eterno, para que permaneça.
Mas como pode permenecer aquilo que é?
Nessa pergunta já não juntos estamos mais.
Pois não se faz pergunta numa reza, nem é preciso:
Quem reza não houve resposta 
é correspondido.